Está lançado um sério aviso para as Clássicas do pavé. Fabian Cancellara provou na Strade Bianche, clássica que se disputa em redor da cidade italiana de Siena, que está de regresso à boa forma e que terá forçosamente que ser olhado como um sério candidato a repetir 2010, ou seja, vencer na Flandres e no Paris-Roubaix.
O início da corrida foi tranquilo para o pelotão, que deixou sair uma fuga de 12 homens logo ao km 10. O grupo seria apanhado 135 km mais tarde, já depois de se fazer uma primeira seleção entre os favoritos.
A estratégia da RadioShack iria resultar em pleno. Fabian Cancellara viu o colega Danielle Benatti isolar-se na frente, o que forçou equipes como a BMC, a Astana e a Garmin a gastarem energia na perseguição.
No oitavo setor de terra, imagem de marca da Strade Bianche, o ritmo aumentou com as mexidas dos homens da BMC. Primeiro foi Alessandro Ballan e depois Greg Van Avermaet, com o ritmo do último a provar ser demasiado forte para quase toda a gente.
Juntamente com Maxim Iglinskiy (Astana), Oscar Gatto (Farnese Vini - Selle Italia) e Fabian Cancellara, o duo da BMC tantou puxou que na última subida acabou por ser surpreendido pelo homem da RadioShack. Cancellara atacou forte e ao seu estilo foi sempre a acelerar até ao fim.
“Foi um dia especial. É uma boa vitória. A Strade Bianche é uma corrida que está a explodir e voltou a oferecer um tipo de corrida atrativa. A equipe tinha uma tática precisa e tudo o resto se encaixou. O Bem Hermans foi na primeira fuga e depois quando se formou o grupo de elite, o Bennati fez um trabalho fantástico ao atacar. Eu pude ficar calmamente para trás e deixar as outras equipes que traziam mais de um elemento trabalharem”, explicou o suíço.
TERRA ITALIANA É O TERRENO IDEAL PARA PREPARAR O PARIS-ROUBAIX
Fazendo bom uso das suas capacidades de contra-relogista, o Spartacus nunca mais olhou para trás e só parou na Piazza del Campo, em Siena, chegando com 42 segundos de vantagem sobre Iglinsky e Oscar Gatto, segundo e terceiro respetivamente.
A preparação para as Clássicas do pavé – Volta à Flandres e Paris-Roubaix – faz-se com momentos como este. Cancellara sai de Itália com a moral reforçada e com a lição estudada para o que aí vem: “Esta corrida é semelhante ao Paris-Roubaix, penso eu, e é muito importante estar na frente quando se abordam determinados setores. Na penúltima subida vi que todos estavam já muito cansados, por isso decidir tentar algo na última subida”.
Depois de já ter vencido a Strade Bianche em 2008, o campeão suíço de contra-relógio repete o triunfo na prova antigamente conhecida como Monte Paschi Eroica. Veremos se o triunfo volta a ser talismã, já que nessa temporada a Locomotiva Suíça foi sempre a abrir até aos Jogos Olímpicos de Pequim onde venceu o crono e foi segundo na prova de estrada.
CLASSIFICAÇÃO FINAL
1 Fabian Cancellara (Sui) RadioShack 4:44:59
2 Maxim Iglinsky (Caz) Astana 0:00:42
3 Oscar Gatto (Ita) Farnese Vini - Selle Italia
4 Alessandro Ballan (Ita) BMC 0:00:46
5 Greg Van Avermaet (Bel) BMC 0:00:48
6 Roman Kreuziger (Cze) Astana 0:01:03
7 Francesco Reda (Ita) Acqua & Sapone 0:01:45
8 Francesco Ginanni (Ita) Acqua & Sapone 0:01:47
9 Elia Favilli (Ita) Farnese Vini - Selle Italia
10 Johan Vansummeren (Bel) Garmin - Barracuda 0:01:57
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