Em artigo publicado no jornal The New York Times, com o título "Como afastar o doping do esporte", Vaughters diz que escolheu mentir para não acabar com seu sonho de ser vitorioso no esporte.
"Eu sinto muito, lamento muito essa decisão, e a rejeito categoricamente", declarou o ex-ciclista de 39 anos.
Vaughters revelou que seu sonho desde criança era competir na Volta da França, meta que perseguiu "com esforço, disciplina, sofrimento e sacrifício", mas, quando conseguiu, se deu conta de que o sonho só estava completo em 98% e que faltavam 2%, que faz a diferença nas grandes competições.
Foi quando alguns treinadores mentores e inclusive o chefe de equipe disseram que não conseguiria nada se não cometesse uma fraude e se dopasse.
"O doping poderia ser esses 2%", declarou Vaughters, que contou que o sentimento de culpa o levou a se aposentar das corridas em 2003 -a pós passar por Credit Agricole e Prime Alliance -, e a montar uma equipe profissional (Garmin), em que o uso do doping "não é uma opção". Segundo ele, ocorrem rigorosos controles antidoping e predomina o ciclismo limpo para buscar as vitórias.
"A luta contra o doping é agora mil vezes melhor do que quando eu competia, e isso me dá uma grande satisfação. Mas esse esforço tem que ser aumentado", ponderou.
O ex-ciclista foi um dos cinco ex-companheiros de Armstrong que, de acordo com versões de parte da imprensa, denunciaram em julho do ano passado as supostas práticas de doping do heptacampeão da Volta da França.
Vaughters, George Hincapie, Levi Leipheimer, Christian Vande Velde e David Zabriskie chegaram a um acordo com a Agência Antidoping americana para denunciar o suposto doping de Lance Armstrong e os deles mesmos em troca da redução de suas penas de dois anos para seis meses de suspensão.
Os atletas suspensos haviam sido acusados pela agência de participar junto com Armstrong de um sistema de doping, de 1999 a 2005. No dia 29 de julho, a Agência Antidoping Americana apresentou formalmente acusações de doping contra o multicampeão.
O heptacampeão da Volta negou categoricamente ter se dopado, com o argumento que fez mais de 500 exames durante sua carreira e nunca testou positivo.
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