Breno Sidoti pedala no Tour do Rio, prova de estrada disputada no RJ
Campeão da Copa América em 2011, o passista Breno Sidoti contou alguns detalhes sobre a estratégia da equipe de Pindamonhangaba (SP) em busca da vitória na 12ª edição da prova, no próximo domingo, no Rio de Janeiro. O esquema será de caravana, onde os atletas têm a oportunidade de receber assistência técnica e mecânica, além do abastecimento de líquidos e alimentos durante o trajeto. Entre os homens, a disputa contará com 11 voltas em um circuito de 10 km (110 km) montado no Aterro do Flamengo, um percurso praticamente plano e muito veloz.
- A tática é manter uma corrida aberta (rápida), acelerando até os 100 km. Depois, vamos proteger os sprintistas. Precisamos ter um representante na frente. Se houver uma fuga (grupo que abre vantagem sobre o pelotão), podemos definir a corrida antes da linha de chegada, se houver um ciclista veloz, ou controlar o ritmo para que o nosso velocista possa acelerar na reta final e vencer a prova. Esta não será uma corrida de apenas um atleta, o grupo de Pinda estará completo e qualquer um pode ganhar. O importante é que o grupo vença – explicou o paulista de Cruzeiro.
Como passista de Pindamonhangaba, Breno Sidoti tem a função de puxar a equipe, realizar o revezamento (a troca de vácuo entre ciclistas para aumentar o ritmo da competição ou para alcançar o pelotão) e proteger os sprintistas Nilceu Santos e Roberto Pinheiro. Considerado o “embalador oficial” do grupo, o atual campeão da Copa da América surpreendeu os favoritos no ano passado e subiu ao lugar mais alto do pódio da competição, disputada em Interlagos, na capital paulista.
- No ano passado o circuito não era tão plano, o que favoreceu a minha vitória, já que não sou sprintista. Não vamos controlar as fugas, assim como fizemos na Copa da República. Estamos livres para atacar, assim forçamos as outras equipes a trabalharem também. Se houver uma fuga que não favoreça à nossa equipe, o meu papel é controlar o ritmo dos competidores. A prova no Rio é plana e veloz, por isso, preciso ficar atento para não gastar mais energia que o necessário. Quem fica no pelotão aproveitando o vácuo chega com mais força no fim.
Reta final: um jogo de xadrez em alta velocidade
Ciclistas disputam a XI Copa América, em 2011, no circuito em Interlagos, SP |
- Sou o último homem a lançar os sprintistas. Nos 5 km finais, os velocistas ficam na minha roda (aproveitando o vácuo) e eu vou escoltando eles até os últimos metros da competição. A 500 m do fim, eu acelero e furo o vácuo para que eles tenham um bom posicionamento no sprint. A disputa é muito acirrada, de guidon a guidon. E um erro meu pode ser fatal. Preciso ficar atento para que nenhum adversário fique colado na minha roda – analisou o ciclista de 28 anos.
A XII Copa América, que valerá pontos para o ranking da União Ciclística Internacional (UCI) na elite masculina, contará com as principais equipes e atletas do país além de equipes de países como Paraguai, Uruguai e Chile. O evento será transmitido pela Rede Globo dentro do Esporte Espetacular.
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