A Liquigas parece voltar a querer apostar na fórmula sucesso de 2010, colocando dois líderes no Giro. Nessa altura foi Ivan Basso que beneficiou do trabalho de Vincenzo Nibali para vencer a corrida italiana pela segunda vez, mas “O Terrível” pode agora devolver a cortesia.
“O meu favorito para o Giro é o Nibali”, revelou Basso à Gazzetta dello Sport. “O percurso no seu todo assenta-lhe bem e a prioridade absoluta da Liquigas é andar bem no Giro. Quem será o líder? Entre nós há um respeito mútuo. Não precisamos de falar, o papel de capitão será decidido pelas pernas”.
Depois de no final da temporada passada o diretor da equipe, Roberto Amadio, ter afirmado que seria improvável que qualquer um dos seus chefes de fila tentasse a dobradinha Giro-Tour, parece que a Liquigas reviu a estratégia para 2012.
Por agora a participação de Nibali, vencedor da Vuelta de 2010, é mais provável do que há umas semanas se poderia pensar, porém, a mesma ficará em aberto até finais de Abril, isto a avaliar pelas palavras mais recentes de Amadio: “Após a Liège-Bastogne-Liège vamos fazer um balanço, tendo em conta a forma e o desejo dos corredores”.
BASSO: “ 3 KM FINAIS DO STELVIO SÃO INFERNAIS ”
Ainda faltam mais de cinco meses para que o Giro arranque, mas na mente do metódico Ivan Basso já estão diversos cenários.
Um dos que leva o italiano a ser comedido nas ambições é a possibilidade de nevar no Passo dello Stelvio, montanha onde vai terminar a etapa-rainha do Giro: “Se nevar no Stelvio a 26 de Maio não vamos poder subi-lo e por isso vai ser mais difícil para mim pensar em vencer o Giro. Mal posso pensar em deixar toda a gente para trás na subida para Lago Laceno ou Piani dei Resinelli. É verdade que o Giro é ganho dia-a-dia e não numa etapa, mas é no Stelvio que tenho que fazer a diferença e no dia anterior em Pampeago”.
Colocado a 2758 metros de altitude, o Passo del Stelvio entrará para a história como a montanha mais alta de sempre numa edição da Volta a Itália. A 20ª etapa do Giro será terrível, com os ciclistas a passarem antes por outra escalada dura no Mortirolo; curiosamente estas duas montanhas foram eleitas no Verão passado pelos tifosi como estando entre as mais carismáticas da corrida.
O caminho para a “maglia rosa” prevê-se longo e duro, mas Ivan Basso já sabe onde pode jogar a cartada decisiva rumo ao tri: “Os últimos 8 km (do Stelvio) são a mais de 2000 metros do nível do mar e os últimos três mil metros são infernais. Ali não precisamos de ensaiar tácticas, só de pernas. O problema é que no Stelvio até pode nevar em Agosto”.
Desde 1975 que o Giro não passa pelo Stelvio ou pelo Mortirolo, motivo mais do que suficiente para se esperar mais uma edição inesquecível da corrida que arranca a 5 de Maio na cidade de Herning, na Dinamarca.
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