A ideia de construir o bicicletário foi do chefe da estação de trem de Mauá, Adilson Alcântara. “Os usuários do trem deixavam as bicicletas amarradas na cerca da estação e eu, como chefe, tinha que providenciar a retirada dos veículos. Eu ficava chateado de ter que tirar e, de tarde, o pessoal não ter a sua condução”, conta.
O sucesso da experiência atraiu atenção internacional. “Isso aqui leva meu nome para o mundo inteiro. É motivo de orgulho para mim. Já recebemos pessoas da Alemanha, dos Estados Unidos e do Japão”, ressalta Alcântara, que é presidente da Ascobike, organização não governamental que administra o bicicletário.
A iniciativa excedeu a função inicial de apenas guardar as bicicletas e passou a oferecer outros serviços, como manutenção, assistência social e jurídica. “Quando nós montamos o bicicletário, fizemos de uma maneira bem simples. Aí, foram aparecendo as necessidades impostas pelos usuários.”
Os usuários apontam as diversas vantagens em trocar os transportes convencionais pela bicicleta. “Além do esporte [praticado ao pedalar], tem também a economia. Porque eu tenho que pegar duas conduções e, como está muito caro, o bicicletário tem essa opção para a gente”, destaca a cabeleireira Elisângela Marques, que paga R$ 15 por mês para ter direito de deixar a bicicleta no local.
O soldador Adalto de Lima está satisfeito porque além de ter perdido 25 quilos com o exercício diário, tem economizado bastante. “Carro velho não vale a pena comprar porque dá mais despesa que uma família. E carro novo ninguém consegue comprar. Então, tem que remediar com a bicicleta”, brinca.
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