Copa do Mundo #1 – Pietermaritizburg – RSA
"A partir desse ano, algumas mudanças foram oficialmente implantadas pela UCI no mountain bike. Dentre elas a redução de tempo de prova, aumento de trechos técnicos nas pistas, e várias outras e nas etapas de Copa do Mundo uma prova separada para a categoria sub-23. Isso foi um grande incentivo para os atletas mais jovens, as contratações de atletas sub-23 por equipes UCI aumentaram muito e agora os atletas da sub-23 tem uma oportunidade melhor de mostrar o seu trabalho. Essa mudança também me motivou muito."
Viagem
"Foi uma verdadeira maratona fora da bike. Viajei para Araxá, competi na CIMTB, cheguei em casa na segunda-feira pela manhã e na terça-feira pela manhã estava embarcando para África do Sul onde cheguei na quarta-feira à noite no local da prova. Tive quinta e sexta-feira para reconhecer o percurso, me habituar com o fuso-horário e descansar para a prova."
Circuito
"O circuito de Pitermaritzburg é realmente incrível. Super técnico durante toda a sua extensão, com subidas fortes e roladas, mas o interessante é como a pista é bem projetada o que a deixa muito rápida mesmo com muitas subidas. Absolutamente todas as curvas são trabalhadas. A pista tinha vários saltos, alguns altos. A pista ainda tinha alguns drops artificiais com muitas pedras, sendo que um deles era dividido em quatro sessões e fez muitas vítimas, inclusive estrelas como Florian Vogel e Burry Stander, ambos com vitórias em Copas do Mundo, além de vários outros. Eu estava muito bem na pista, descendo muito bem e com linhas definidas e limpas. Isso me ajudou muito na prova, quando eu não enfrentava muito tráfego na pista conseguia salvar bastante tempo nas descidas."
O Grande Dia
"Eu tinha uma grande expectativa nessa prova, estava me sentindo bem, e o mais importante nessa pista, não estava tendo dificuldades técnicas.
Larguei na segunda fila, com o numeral 10. Fiz o start-loop muito bem, fechando entre os 10, mas em uma curva quando se entrava no circuito acabou dando uma embolada e perdi umas posições. Um australiano que largou bem acabou quebrando o pelotão em uma subida de single-track, deixando 8 atletas abrirem vantagem, eu acabei ficando nesse segundo pelotão. Fechei a primeira volta na décima quarta colocação. Eu vinha fazendo uma boa prova e tinha pretensões de ir pulando posições até o final, pois eu vinha um ritmo muito estável. Fui me mantendo ao redor da décima quinta colocação, já que a troca de posições acontecia o tempo todo.
Abri a última volta bem em décimo oitavo, com algum gás para alcançar alguns atletas na minha frente. Ganhei algumas posições e estava lutando para me manter nos top 15, quando em uma pequena subida técnica um atleta veio de trás e fez uma linha absurda atravessando na minha frente e me fechando no meio da subida, tive que descer e empurrar e acabei perdendo 3 posições. Fiquei muito chateado com isso, pois estava bem e com dois atletas poucos segundos a minha frente, sendo que entraríamos no trecho do percurso onde eu estava andando mais e sempre ganhava muito tempo. E justamente nesse trecho acabei ficando travado por dois atletas.
No final da volta consegui recuperar apenas uma posição para terminar em 19°. Fui muito regular durante a prova, e agora tenho grandes pretensões para as próximas etapas. Já que fiquei a pouco mais de 1 minuto dos 10 primeiros e 3 do pódio. Sem dúvida esse era um dos melhores circuitos para mim, porém não fiz uma prova nos meus 100%. Então espero melhorar bastante nas próximas 6 etapas da Copa do Mundo."
Fonte: Pedal
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