O Brasil teve bom desempenho nesta noite, especialmente no bloqueio. Foram 15 pontos neste fundamento em três sets. Sete deles, marcados pelo central Matheus. "Como sempre, estudamos bastante o adversário. Fomos dormir sonhando com o que eles fazem e como eles fazem, para, hoje, fazermos o nosso melhor sem dar chances para eles", explicou Matheus.
A volta do capitão da seleção brasileira, Ricardo Lucarelli, embalou a equipe na busca pela vitória. Depois de três jogos fora por um desconforto na panturrilha, o ponteiro retornou, começou como titular e marcou 11 pontos - apenas um a menos do que o maior pontuador do jogo, o oposto Rafael. Feliz com a recuperação e com o resultado, Lucarelli foi um dos que mais comemorou após a partida.
"Infelizmente, não pude jogar algumas partidas, por causa de um incômodo na panturrilha e, agora, que já estou quase 100%, fico feliz de poder ajudar o time nesta vitória. Foi um jogo difícil, mas, no momento em que conseguimos acertar o saque, o jogo saiu. Acho que o saque foi nossa grande arma nessa partida", comentou Lucarelli.
Bem no fundamento citado pelo capitão, o levantador Thiaguinho contribuiu bastante com o resultado positivo. "A minha função no saque é dar ritmo, ou seja, é mais tática do que para pontuar. Acho que fui bem hoje, errei pouco e consegui tirar algumas peças do ataque deles. Estamos de parabéns, jogamos muito bem e estamos na final", comemorou o levantador do Brasil.
Satisfeito com a vitória na semifinal, mas preocupado com a decisão, o técnico Rubinho prefere não escolher qual adversário enfrentar neste domingo. "Acredito que a final será difícil como foi hoje. Entre Sérvia e Bulgária, espero só dificuldade. Hoje, tivemos que recuperar todos os sets, mas nos portamos bem taticamente. Em alguns momentos, facilitamos por cometermos erros não forçados, porém abrimos vantagem e conseguimos recuperar ao longo do jogo", comentou o treinador do Brasil.
Rubinho ainda fez questão de elogiar a realização da primeira edição do Mundial Sub-23. "É muito interessante estarmos trabalhando com jogadores entre juvenil e adulto. É importante continuarmos jogando competições internacionais, já que, o fato de estar competindo, é muito mais importante. Hoje, até mesmo o sofrimento de alternância de placar força uma situação que contribui para o desenvolvimento deles e para uma possível entrada na seleção adulta", finalizou o técnico da seleção brasileira.
O JOGO
O central Otávio fez o primeiro saque do jogo e, depois de uma bola bastante disputada, Lucas Loh explorou o bloqueio e pontuou. A Rússia virou e, após um bom saque, fez 5/1. Neste momento, Rubinho pediu tempo. A conversa surtiu efeito, o Brasil voltou a pontuar e encostou em 4/5. No bloqueio individual do central Matheus, a equipe verde a amarela fez 5/7. Na primeira bola em que o ponteiro Lucarelli atacou no jogo, o Brasil pontuou e fez 6/8. A vantagem russa girou em torno de três pontos (12/9). No bloqueio de Lucas Loh, o Brasil chegou ao empate em 14/14. Foram mais dois pontos consecutivos neste fundamento e, em boa passagem do levantador Thiago no saque, o Brasil fez 16/14. Com Lucarelli pelo meio fundo, 17/15. No final, com o oposto Rafael, a seleção brasileira fechou em 21/16.
A Rússia voltou melhor e colocou três de vantagem logo no início da parcial: 3/1. Depois de um bom saque de Thiago, a bola veio fácil, o central Matheus pontuou e o Brasil virou em 4/3. A equipe da casa ainda chegou a 6/3 e forçou o técnico da Rússia a pedir tempo. A seleção brasileira seguiu melhor e fez 10/8. O adversário buscou e chegou ao empate em 13 pontos. A partir deste momento, o jogo seguiu equilibrado. A Rússia reassumiu o comando do marcador (17/16) e Rubinho parou o jogo. A reta final do set foi disputada, com vantagem para o time visitante (20/19). No bloqueio de Lucarelli, o Brasil fez 21/20. E com outro bloqueio, desta vez de Rafael, a seleção da casa fechou em 22/20.
O Brasil abriu o placar do terceiro set com ponto de saque do central Otávio. Mais um ponto neste fundamento com o levantador Thiago e o Brasil fez 3/1. A parcial ficou equilibrada com o empate em seis pontos. A partir daí, a Rússia abriu vantagem (9/6) e o técnico brasileiro, Rubinho, pediu tempo para orientar os jogadores. A diferença continuou em cerca de três pontos a favor dos russos (11/8). Com mais um ponto de saque de Otávio, o Brasil diminuiu a desvantagem para um ponto e o técnico adversário parou o jogo. A Rússia reagiu e fez 15/11. A diferença caiu e o Brasil encostou em 15/16. No erro do adversário, o time de Rubinho chegou ao empate em 16 pontos. Com Rafael, a seleção brasileira retomou a dianteira do placar (17/16) e com o bloqueio do mesmo jogador, fez 18/16. Os russos não deram facilidade e empataram novamente em 18 e em 21 pontos. No ace de Lucarelli, o Brasil fez 22/21. O final do set foi extremamente disputado e o Brasil fechou em 25/23.
EQUIPES
BRASIL - Thiago, Rafael, Otávio, Matheus, Lucas Loh e Lucarelli. Líbero - Kachel
Entraram - Fernando, Alan e Ricardo
Técnico: Rubinho
RÚSSIA - Safonov, Kovalev, Demakov, Komarov, Krykun e Shchadilov. Líbero - Kabeshov
Entraram - Tisevich, Kulikov e Logunov
Técnico: Sergei Shiliapnov
Outros resultados
O sábado começou com os últimos quatro colocados do Mundial definidos. Egito, Austrália, México e República Dominicana encerraram a participação na competição em nono, décimo, décimo primeiro e décimo segundo, respectivamente.
No primeiro jogo do dia, a Venezuela derrotou a Argentina por 3 seta a 0 (21/18, 21/14 e 21/14), em 58 minutos. O capitão venezuelano Piñerua foi o grande destaque do confronto, com 19 acertos. O oposto foi o maior pontuador da partida.
Na sequência, em 1h13, o Irã levou a melhor sobre a Tunísia por 3 sets a 1 (21/13, 21/18, 18/21 e 21/17). O ponteiro iraniano, Mirzajanpour, foi o maior pontuador do confronto, com 22 acertos.
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* De Uberlândia, Minas Gerais, Clarissa Laurence e Rogério Lauback
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