“Ele sempre teve a UCI ao seu lado”, disse Hamilton à revista Focus, da Alemanha. “Para ter um novo começo, a UCI e seu presidente, Pat McQuaid, devem assumir a responsabilidade pelo passado. Um novo começo, com uma nova liderança que, se possível, não venha do ciclismo”, completou.
Aposentado desde a temporada de 2009, Hamilton foi fundamental no processo que culminou com o banimento de Armstrong, responsabilizado por “um dos mais sofisticados e profissionais esquemas de dopagem da história do esporte” pela Agência Americana Antidoping (Usada).
Tyler Hamilton ainda reivindicou que o holandês Hein Verbruggen, presidente anterior da UCI, deixe suas responsabilidades como membro do Comitê Olímpico Internacional (COI). “Ele não deveria ser autorizado a continuar nessa função”, reclamou o ex-ciclista.
Hamilton também falou sobre o alemão Jan Ullrich, suspendo por doping por dois anos. “Pessoalmente, nunca vi ele se dopar, mas estou convicto de que o fez. Em um cálculo conservador, 80% dos ciclistas que disputam a Volta da França se dopam”, declarou o norte-americano.
Assim como Ullrich, Hamilton teve contato com o médico espanhol Eufemiano Fuentes, uma das principais figuras no esquema de dopagem. “Não é um médico de treinamento, mas sim um médico de dopagem”, falou o ex-competidor norte-americano.
Armstrong foi acusado pela Agência Antidoping Norte-americana (Usada) de utilizar substâncias ilegais desde 1998, apesar de nunca ter sido flagrado em mais de 500 exames antidopings que realizou em sua carreira. Segundo a entidade dos Estados Unidos, o ciclista chefiou um meticuloso esquema para o uso de EPO e outros esteroides.
Em outubro, a União Ciclística Internacional acatou o parecer da Usada e retirou todos os títulos conquistados por Armstrong. Ele ainda pode ser obrigado a pagar até R$ 25 milhões em multas, processos e devolução de premiações acumuladas.
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