José Luiz Vasconcellos preside a CBC desde 2005
"Eu estou falando como técnico da seleção brasileira, de atletas que vivem um período fantástico nos clubes e quando vêm para a seleção para correr fora, o rendimento cai. Mas cai por quê? Por que deixou de treinar? Não, muito pelo contrário. Quando vêm para a seleção, ficam 15, 20 dias treinando. Treinam mais, e quando chegam nos eventos internacionais e não... e baixam. Certo? Então, você diz o quê? Por quê? A palavra é? É doping!", afirmou Silvestre à reportagem da "Globo".
No cargo desde 2005 (reeleito em 2009), o presidente da CBC refuta qualquer possibilidade de uso de substância proibida por parte dos atletas e rebate a colocação de Silvestre citando títulos. "Não vejo onde cai o rendimento. Nós fomos campeões de estrada e de pista no último Pan-Americano de ciclismo", disse.
Ele refere-se à competição disputada em março de 2012 em Mar del Plata, na Argentina, na qual o Brasil conquistou seis medalhas - uma delas de ouro.
No entanto, quando a disputa fica mais acirrada, o país vai mal. Na Olimpíada de Londres, meses depois, a melhor classificação verde-amarela no ciclismo de estrada [que tinha o comando de Silvestre], por exemplo, foi a de Clemilda Fernandes Silva, com o 23º lugar; no masculino, Murilo Fischer acabou apenas em 32º.
Sobre a demissão do então técnico de estrada, Vasconcellos coloca que não era possível manter um profissional que não confia nos ciclistas às vésperas de se iniciar um novo ciclo olímpico. "Não dá para trabalhar se não têm um bom relacionamento", encerrou.
Procurado pela reportagem, o técnico Antonio Carlos Silvestre disse que, ao menos por enquanto, não se pronunciaria sobre a polêmica, recusando-se a dar qualquer detalhe mais específico sobre a acusação que fez. Murilo Fischer chegou a atender à reportagem, mas desligou e não mais respondeu às ligações.
0 Response to "Confederação brasileira lava as mãos e não investigará denúncia de doping no ciclismo"
Postar um comentário