Quase seis anos passaram desde que veio a público a Operação Puerto. Da investigação levada a cabo pela Guarda Civil espanhola resultaram várias vítimas. O último a cair foi Jan Ullrich, que curiosamente até tinha sido dos primeiros prejudicados em 2006, quando ficou sem condições para continuar a carreira ao mais alto nível.
Ivan Basso foi o primeiro a mostrar arrependimento. Alejandro Valverde nunca admitiu qualquer irregularidade. Ullrich vem agora lamentar o recurso ao programa de dopagem coordenado pelo médico Eufemiano Fuentes.
Em comunicado, o alemão foi explícito: “Confirmo que tive contato com Fuentes. Sei que foi um grande erro que lamento muito. Por este comportamento gostaria de pedir desculpa a todos. Lamento muito”.
Fica também claro que Ullrich não vai recorrer da suspensão de dois anos decretada pelo Tribunal Arbitral do Desporto: “Aceito o erro e não vou recorrer. Não por estar de acordo com todos os pontos da opinião do tribunal, mas porque quero terminar com este problema definitivamente”.
E afinal quais os motivos para que Ullrich recorresse ao programa do Dr. Fuentes? O alemão confessa que a pressão era enorme: “Todos queriam uma segunda vitória no Tour, especialmente depois da retirada do Lance Armstrong. Pouco depois da minha suspensão quis admitir publicamente o erro que cometi, mas as minhas mãos estavam atadas. Senti-me abandonado”.
Desportivamente de rastos, emocionalmente destruído. Jan Ullrich reconhece que “este assunto contaminou-me de tal forma que fiquei doente”. Agora chegou a libertação, por via de uma suspensão que tardou, como parecem tardar todas as grandes decisões no mundo do ciclismo.
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