As 40 equipes profissionais representam um total de 321 milhões de euros de investimento, que tem aumentado graças ao interesse de muitos patrocinadores, que viram no ciclismo um importante meio de comunicação das suas marcas ou produtos.
Este aumento ficou a dever-se aos 61 patrocinadores principais das respetivas equipes, garante de 73% das receitas das 40 equipes existentes em 2012. Juntando todos os outros sponsors são 95% do total que está garantido. O relatório informou ainda, que o vencimento médio anual de um ciclista profissional masculino da 1ª divisão, passou de 190.000 euros em 2009 para 264.000 este ano.
Estes dados mereceram por parte do presidente da UCI um comentário satisfatório:
“ É entusiasmante reconhecer que o ciclismo profissional masculino continua a prosperar, mesmo em tempo de crise. A maior parte dos ciclistas profissionais podem viver muito bem dos seus salários, no mínimo confortavelmente.”
O estudo, fruto da análise que a Ernst Young efetua a todos as equipes profissionais , para validar a sua inscrição na UCI, não aprofunda o problema seriamente.
É que, não basta, em época de crise, ter equipes e ciclistas muito bem pagos se os organizadores de corridas vivem tempos difíceis, em especial na Europa, onde a eliminação de competições, umas atrás das outras do calendário internacional, obrigam as equipes a inventar calendários, para justificarem os seus elevados orçamentos.
Em 2011 de uma assentada, por exemplo, foram riscadas do mapa 12 competições só em Itália, na vizinha Espanha para 2012 estão em duvida: Vuelta a Asturias, Vuelta a Castilla Leon ( que a efetuar-se só em três dias), Vuelta ao País Basco, Clássica de S. Sebastian, Clássica Miguel Indurain, Vuelta a Catalunha o que, de alguma forma contorna o problema pela negativa.
Saúde financeira ou propaganda? A estatística não conta a história toda e a estes dados há que somar o desaparecimento de equipas teoricamente estáveis como a HTC e a Geox, o aumento das exigências financeiras que a UCI impõe às equipas e um sentimento crescente de descontentamento face ao rumo que Pat McQuaid está a dar ao ciclismo, com rumores de que uma liga paralela ao World Tour pode estar a ser preparada.
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