A correr a Volta ao Qatar , Cancellara declarou a a Cyclingnews que a sua confiança e a de muitos companheiros nos responsáveis pelas tomadas de decisão ficou sem sentido. “ A UCI e a WADA estavam de acordo, mais tarde estavam em desacordo e , no final pensaram coisas diferentes. Depois o clenbuterol,uma quantidade tão insignificante. Agora dizem que é proveniente de um suplemento contaminado. São tudo interrogações.”
Cancellara pensa que o TAS deveria trabalhar mais rápido e melhor. Não ter férias e não distrair-se com outras coisas. “ Este caso registou um dos maiores atrasos: 556 dias. Primeiro era em Agosto, depois em Novembro, logo em janeiro e tivemos de esperar até Fevereiro. Deu cabo do nosso desporto.”
“ O Tribunal deveria ser a mais alta instância no mundo, mas a grande questão é se podemos confiar neste Tribunal. Esse é que é o problema, que no caso de Alberto, semeou o pânico nos ciclistas. Faz-te perder a fé. Não gostaria de estar na pela dos três juízes.”, explicou o ciclista suíço.
Para Cancellara, o ciclismo « não deveria ser tratado desta forma, porque há casos noutros desportos, coisas muito piores e não foram sancionados com tanto rigor. Alguns nem sequer foram sancionados. Os ciclistas são sempre castigados com mais severidade.”
“É difícil acreditar que o Alberto tenha tomado um suplemento alimentar sem o testar. Para um ciclista isto é um seguro de vida. Alberto tem muita gente por trás: companheiros, treinadores, amigos, família patrocinadores e o dinheiro que cobra. Tirar tudo isso num segundo, tomando uma pílula seria uma loucura.”
Cancellara refletiu sobre os perigos que se acercam de um ciclista: “ a tua vida inteira pode desmoronar-se num só teste. Isto é que é o nosso grande medo. Há sempre uma possibilidade de dar positivo por coisas que desconhecemos. Podes ir á China e comer qualquer coisa e as coisas sucedem.”
“Recordo, quando em 2008 me implicaram num caso que nada tinha a ver comigo. Toda a Imprensa flava de mim. Engordei dez quilos e não podia dormir. “
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