Norueguês bateu a concorrência na chegada a Lagoa e ficou com a camisa amarela no dia que antecede a etapa rainha da Volta ao Algarve. Rui costa antecipa grande espetáculo para sexta-feira espera-se uma revolução na geral e muita luta na montanha.

Mais um dia duro, mais uma chegada ao sprint. Até ao momento os homens mais rápidos do pelotão têm superado com distinção todos os desafios colocados pela organização da Volta ao Algarve e a recompensa chegou na forma de um sprint em massa.

Ao todo foram 187,5 km entre Faro e Lagoa, com o terreno em sobe e desce constante, cuja dureza não se resume às duas contagens de 3ª categoria identificadas no mapa.

A fuga de três homens – Raul Alarcon (Efapel), Niels Wytinck (An Post - Kelly) e Thomas Metcalfe (Carmin-Tavira) – foi a mais longa do dia, terminado a 45 km do final de um dia onde o pelotão já teve em conta as dificuldades que se aguardam para sexta-feira e talvez por isso a média de velocidade tenha sido apenas de 37,8 km/hora.

BOASSON HAGEN VIU A LUZ


Com o terreno ligeiramente inclinado e uma rotunda traiçoeira dentro do quilómetro final esperava-se um final confuso e foi isso que se verificou.

No meio do caos apareceu a Sky a abrir caminho para o seu jovem-prodígio, que perante a possibilidade de se estrear a vencer em 2011 atirou a matar: “Vim para aqui com o objetivo de ganhar e por isso estou muito contente por tê-lo conseguido. A equipe fez um bom trabalho ao manter-me bem posicionado na frente até ao sprint”.

O melhor português da etapa foi Filipe Cardoso (Efapel) ao finalizar em 11º, mas ao pódio como melhor ciclista nacional da geral ainda subiu Rui Costa - 19 hoje. O homem forte da Movistar explicou que “até agora tivemos duas etapas discutidas ao sprint, mas a partir de amanha vai ser mais a doer. Eu vou dar tudo porque é um dos dias decisivos”.

A expetativa é grande, sobretudo para perceber o que podem dar Rui Costa e Tiago Machado, dois dos homens mais em forma do momento. Semanas depois de um despique saudável no Troféu Deía (Challenger de Maiorca), o poveiro espera que o mesmo cenário se repita: “Seria certamente fantástico para nós portugueses. Eu creio que sim, que pode haver duelos interessantes, não comigo e com o Tiago, mas com mais atletas. No geral o dia vai ser bonito de se ver”.

Fora do top 15 ficou Samuel Caldeira (Carmin-Tavira; 21º). Ainda assim, o sprinter ressalvou o trabalho realizado pelos algarvios ao longo do dia: “Foi um quilómetro final feito a grande velocidade. Houve grande confusão, os ciclistas estavam tensos e eu não consegui estar na frente para discutir a vitória. Mas foi um dia positivo, a certa altura tentamos tomar o controlo da corrida, depois cedemos essa tarefa a quem tinha que o fazer. Sabemos que lutar pela geral é difícil, por isso todos os dias queremos meter gente na frente”.

Confira o vídeo:



2ª Etapa:
1 Edvald BOASSON HAGEN SKY 4:57:23
2 Kris BOECKMANS VACANSOLEIL m.t.
3 Gerald CIOLEK OMEGA PHARMA/QUICKSTEP m.t.
4 Matti BRESCHEL RABOBANK m.t.
5 Anthony RAVARD AG2R LA MONDIALE m.t.
6 Lloyd MONDORY AG2R LA MONDIALE m.t.
7 Francesco LASCA CAJA RURAL m.t.
8 Koldo FERNANDEZ GARMIN/BARRACUDA m.t.
9 Nikolas MAES OMEGA PHARMA/QUICKSTEP m.t.
10 Pieter VANSPEYBROUCK TOPSPORT VLAANDEREN/MERCATOR m.t.

Geral:
1 Edvald BOASSON HAGEN SKY 8:59:30
2 Gianni MEERSMAN LOTTO BELISOL m.t.
3 Kris BOECKMANS VACANSOLEIL a 0:00:04
4 Greg VAN AVERMAET BMC RACING TEAM m.t.
5 Matti BRESCHEL RABOBANK a 0:00:06
6 Anthony RAVARD AG2R LA MONDIALE a 0:00:10
7 Björn LEUKEMANS VACANSOLEIL m.t.
8 Fabian WEGMANN GARMIN/BARRACUDA m.t.
9 Rui COSTA MOVISTAR TEAM m.t.
10 Jan BAKELANTS RADIOSHACK/NISSAN m.t.