- A prefeitura decidiu fazer uma ciclovia, mas não realizou planejamento algum. É uma loucura. Vai ser um tiro no pé, cheia de acidentes, como na Rua Pacheco Leão - afirma Alfredo Piragibe, presidente da Associação de Moradores do Jardim Botânico, referindo-se à pista compartilhada do Horto, que dá acesso à Vista Chinesa.
Ali, ciclistas e pedestres disputam com postes um espaço de menos de um metro de largura.
- Estão apenas criando um novo problema - avalia Piragibe.
A presidente da Associação de Moradores da Gávea, Amélia Crespo, também está preocupada com a ciclovia.
- Vão construir uma calçada de pista dupla, compartilhada, com postes e árvores no meio do caminho. O risco de acidentes, assim, vai ser sempre alto. Se as autoridades, antes de desenvolverem projetos, promovessem encontros para ouvir os anseios da população, evitariam muitas situações de desgaste - afirma.
Segundo Claudio Santos, presidente da Federação de Ciclismo do Rio de Janeiro, a largura mínima para a segurança de usuários de uma ciclovia é de 1,5 metro.
- Menos que isso é arriscado para quem pedala - diz.
O subsecretário municipal de Meio Ambiente, Altamirando Moraes, esclarece que não há mesmo um projeto, uma vez que está ocorrendo apenas "uma melhoria da calçada, permitindo a passagem de bicicletas e outros veículos não motorizados".
- Se um dia fizermos uma intervenção para construir uma ciclovia de verdade, vamos ter planejamento. Por enquanto, a ideia é apenas garantir uma maior acessibilidade. Acidentes podem ocorrer em qualquer ciclovia, já que a maior parte dos casos é consequência de mau uso - afirma.
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