Quatro ciclistas brasileiros foram provisoriamente suspensos pela União Ciclística Internacional (UCI). Tiago Damasceno, Flávio Reblin, Wagner Alves e Elton Silva, além do chileno Manuel Villalobos, foram comunicados pela entidade que exames realizados pela WADA em um laboratório em Montreal apontaram a presença de uma substância proibida na urina dos atletas. As amostras analisadas foram colhidas durante o Tour do Rio e a Volta Ciclística do Estado de São Paulo, nos dias 28 e 29 de julho e em 17 e 20 de outubro de 2011, respectivamente. Todos poderão pedir a contraprova.
Os brasileiros Tiago Damasceno (28 de julho de 2011), Flavio Reblin (29 julho) e Wagner Alves (17 de outubro), e o chileno Manuel Villalobos (20 de outubro) deram positivo, durante as voltas ciclísticas no Rio de Janeiro e de São Paulo, respectivamente, para o esteróide anabolizante derivado da testosterona estanozolol, que causa aumento de força sem ganho de peso em excesso, além de promover maior vascularização e inibir retenção de água, com efeito diurético.
O brasileiro Elton Pedrozo da Silva, por outro lado, deu positivo para os estimulantes mephentermine e phentermine, dois tipos de anfetamina, durante a Volta de São Paulo, em 23 de outubro de 2011.
O peruano Ronald Luza e o boliviano Fernando Espindola, segundo o laboratório da Wada em Bogotá, foram pegos por cocaína, norandrosterone e boldenone durante a Vuelta a Bolívia. O primeiro no dia 10 de novembro de 2011; o segundo, dois dias depois.
As suspensões provisórias dos pilotos permanecerão em vigor até audiência a ser convocada pela sua respectivas Federações Nacionais, determinando se eles cometeram violação da regra anti-doping nos termos do artigo 21 das Regras UCI de Anti-Doping. Os pilotos têm o direito de solicitar e participar da análise de sua amostra B.
Esclarecimentos da CBC:
De acordo com o presidente da Confederação Brasileira de Ciclismo, José Luiz de Vasconcellos, os ciclistas foram notificados no dia 30 de dezembro e ainda não fizeram o pedido de contraprova. Como o prazo para se manifestarem é de cinco dias úteis, os atletas têm até a próxima sexta-feira para entrarem em contato com a CBC.
- Quem faz os exames somos nós, da Confederação. Mandamos para o laboratório, que nos informa depois sobre o resultado, assim como os atletas. Eles já foram notificados. Eles já estão suspensos preventivamente, e estamos esperando a resposta deles sobre a contraprova – disse o presidente, em entrevista por telefone.
Segundo Vasconcellos, caso não se manifestem, os quatro ciclistas vão a julgamento.
- No momento que não pedem a contraprova, entendemos que devem ser julgados. Terão mais uma chance de comparecer e contestar o resultado. Ainda terão mais uma chance de provarem que as substâncias apareceram nos exames em função disso ou de aquilo. Estamos aguardando para vermos qual será o próximo passo.
Tiago Damasceno |
Flávio Reblin |
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