Shanaze Reade é tricampeã mundial no BMX e confia em saber lidar com a pressão nos Jogos de Londres
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Em 2008, Shanaze Reade ainda não tinha 20 anos e chegava à Olimpíada de Pequim como a bicampeã mundial de ciclismo na modalidade BMX, mas fracassou. Quase quatro temporadas depois, a britânica lembra que na época a responsabilidade pesou, sua cabeça "balançou" e ela se sentiu como uma estrela do rock ("rock star") às vésperas de competir. Agora, afirma que está muito mais focada para buscar a medalha de ouro nos Jogos de Londres 2012.

Reade relembrou a carreira em entrevista publicada pelo jornal inglês The Guardian nesta segunda-feira. Antes de ser batida em Pequim, ela vinha em uma sequência de dois anos sem derrotas em sua especialidade e sua vitória era dada como praticamente certa pelos torcedores do Reino Unido. Até Chris Hoy, ícone britânico do ciclismo de pista, que conquistaria três ouros na China, admitiu que a compatriota era a favorita absoluta ao título.

Na hora da competição, contudo, a britânica caiu duas vezes nas preliminares. Ainda assim chegou à final, em que mais um erro a deixou na oitava e última colocação - a primeira ficou com a francesa Anne-Caroline Chausson.

Desde então, Reade admite que passou todo o tempo "esperando outra oportunidade", que virá entre 27 de julho e 12 de agosto de 2012, o período de disputa da próxima Olimpíada. No evento, a pressão será ainda maior visto que a atleta, 23 anos, competirá em casa, porém ela se diz mais bem preparada.

Desta vez, afirma que não começará a se sentir uma "rock star", o que aconteceu em Pequim 2008 quando ela recebia uma grande atenção por parte da mídia. Mais experiente, ela agora soma três títulos mundiais de BMX (em 2010, além dos de 2007 e 2008) e admite que já sonhou três vezes nos últimos dias com a imagem de cruzar a linha de chegada em Londres à frente de todas as concorrentes.

Em uma palavra, Reade resume que está "pronta" para o desafio e aponta apenas "quatro" rivais sérias pela medalha dourada: Sarah Walker, da Nova Zelândia; Mariana Pajón, da Colômbia; e Laëtitia Le Corguillé e Magalie Pottier, da França. Mas nenhuma delas terá o apoio da torcida como a britânica, que é filha de um jamaicano com uma irlandesa e compete no BMX - ou sua "paixão", conforme assinala - há 13 anos.

Fonte: Terra