De malas feitas para o Luxemburgo, onde vai estar presente na apresentação da RadioShack-Nissan-Trek (sexta-feira no Luxemburgo), Nelson Oliveira encontrou tempo para colocar a conversa em dia com o Eurosport.
A cumprir o segundo ano na RadioShack e depois de ter sido um dos sobreviventes à fusão com a Leopard, o jovem de 22 anos está preparado para se afirmar no pelotão internacional: “A equipe acredita em mim e eu neles. Vamos trabalhar para que surja alguma vitória, até porque está na altura de demonstrar resultados. Espero ter essa oportunidade e saber aproveitá-la”.
LESÃO ATIROU POR TERRA TRABALHO INVERNAL
Este revés não afecta o programa que a RadioShack estabeleceu para o ciclista natural de Anadia: Challenge de Maiorca, Volta Algarve, Três Dias da Flandres, Volta a Castilla e León, Volta à Catalunha, Volta à Romandia e Giro.
“Estou na lista para ir ao Giro, mas tenho que trabalhar para lá estar. Quero andar melhor do que na Vuelta e fazer algo mais, quem sabe até tentar uma vitória em etapa. Claro que isso depende das oportunidades, já que se for será para trabalhar para o Jakob Fuglsang que vai liderar a equipe. Se a oportunidade chegar ótimo, mas o líder vem primeiro”, explica.
Apesar de ainda não ter olhado detalhadamente para o percurso da corrida italiana, Nelson Oliveira antecipa “etapas mais duras e mais longas do que na Vuelta, mas por agora preocupo-me apenas em estar em boas condições para o Giro”.
GRUPO FORTE QUE ASPIRA A TUDO!
Depois da apresentação a RadioShack ruma a Maiorca para mais um estágio colectivo. A estrutura mais portuguesa do WorldTour, que além de Nelson Oliveira e de Tiago Machado no plantel conta ainda com José Azevedo (diretor-desportivo), Ricardo Sheidecker (director-técnico) e os mecânicos José Eduardo e Francisco Carvalho, volta a procurar o calor da ilha espanhola.
Os dias serão de trabalho físico, mas não só. “Na primeira vez que estivemos juntos havia alguns grupos, como é normal, agora já se nota que somos cada vez mais uma equipe. Temos vindo a trabalhar em conjunto cada vez melhor e isso vai sair ainda mais reforçado em Maiorca. Além disso os novos colegas são agradáveis, por isso o ambiente tem sido óptimo”.
E entre os novos colegas estão alguns nomes grandes do pelotão como os irmãos Schleck e Fabian Cancellara. “Vou aprendendo e aproveitando esta oportunidade de correr ao lado dos melhores do mundo. A organização é praticamente a mesma do ano passado, tudo é coordenado pelo Johan Bruyneel. Apesar da fusão não tivemos mais do que as movimentações normais de final de temporada e por isso a mística mantém-se”.
O grande momento poderá estar reservado para o Tour. Andy Schleck tem sido apontado como um dos menos favorecidos por um percurso com quase 100 km de contra-relógio, mas isso não altera o estado de espírito e a vontade de ganhar dos RadioShack.
Ainda que não esteja escalado para fazer o Tour, Nelson Oliveira está confiante de que os colegas cumpram as expectativas: “Todos esperam que estejamos muito fortes. Os media colocam-nos como candidatos a tudo, mas precisamos de provar isso na estrada. Claro que vamos ao Tour para ganhar, são 21 dias de corrida e nunca se sabe o dia de amanhã”
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