No último fim de semana, Juvam Palmeira foi o quinto colocado em prova de 217km na Serra da Mantiqueira
Mas a surpreendente duração da partida de 5h53min — recorde na história dos Grand Slams e comparável a quase três maratonas ou a quatro jogos de futebol — é apenas o início de algumas provas de longas distâncias. Há 10 dias, o ultramaratonista Juvam Palmeira, 38 anos, enfrentou uma competição de 217km na Serra da Mantiqueira, localizada entre os estados do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Minas Gerais. Em 32h40min, o brasiliense cruzou a linha de chegada na quinta colocação, em meio a quase 100 atletas.
Fisicamente exausto, o atleta conta que a concentração mental durante todo o tempo da prova foi essencial para a boa colocação. “Liderei a corrida no começo, mas não poderia inventar de querer ultrapassar de qualquer forma e não aguentar chegar ao fim”, conta. Da mesma forma que sabe cadenciar os limites do corpo, Juvam — assim como demonstraram Nadal e Djokovic, que se testavam a cada raquetada —, percebe as fraquezas dos oponentes.
Nos últimos quilômetros da Volta do Lago do ano passado — prova de 100km —, o ultramaratonista percebeu que o primeiro colocado estava cansado e reservou os 300 metros finais para atacá-lo. Em uma distância maior ou menor do que essa, Juvam provavelmente não aguentaria se manter na liderança. “É tudo questão de técnica. A cabeça tem de estar trabalhando o tempo inteiro. A adrenalina vai a mil. Então, é quase como uma meditação”, explica.
Lista atualizada
Ignorar a dor e seguir em frente
A triatleta Vanessa Gianinni assistiu às 5h53min da final do Aberto da Austrália com a sensação de que conhece muito bem o sentimento dos tenistas em quadra. Acostumada a competir longas distâncias, a bicampeã brasileira do Ironman 70.3 — competição de 1,9km de natação, 90km de ciclismo e 21,1km de corrida — sabe o que é ter de enfrentar as dores e a agonia de vencer uma prova, sem sucumbir à pressão ou perder o bom rendimento.
A triatleta conta que o segredo é ignorar qualquer contratempo, principalmente a dor, e ainda enxergar benefícios em situações desfavoráveis. “Costumo pensar que, se eu estou mal, ainda tenho tempo de me recompor, já que a prova é extensa. Não pode ter pressa”, diz. “E se eu estou bem, não posso ficar tão feliz, porque sei que vai piorar”, brinca.
Fatores adversos
Festa e pouco descanso
Novak Djokovic exibe o novo troféu: "A maneira que nós jogamos me faz sentir muito orgulho do que eu consegui"
Novak Djokovic não teve muito tempo para descansar após as quase seis horas de partida contra Rafael Nadal. O sérvio passou a madrugada comemorando em Melbourne. Depois de conceder entrevistas a diversos veículos de imprensa na Austrália, o número um do mundo participou de uma festa comemorativa dos organizadores do campeonato.
Foram apenas algumas horas de descanso no hotel em que estava hospedado e novamente o tenista partiu para os festejos. No Carlton Gardens, Djokovic posou para fotos e conversou um pouco mais com os jornalistas. “Agora vou ter tempo para desfrutar o sucesso, porque não se trata apenas de vencer um grand slam, é muito mais do que isso. A maneira que nós jogamos me faz sentir muito orgulho do que eu consegui”, enalteceu o sérvio.
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