Depois de mais um defeso complicado em termos de contratações, o dinamarquês admitiu dificuldades para formar a equipe e tudo porque “o mercado está descontrolado e com certos números é difícil contratar ciclistas”.

Ainda assim, Riis está contente com o plantel que vai dar corpo à versão 2012 da Saxo Bank: “Montei um bom grupo, talvez até melhor do que em 2011. Estou muito contente com a matéria-prima à minha disposição. Claro, não podia escolher todos os ciclistas que queria, mas assim está bem. Não é fácil contratar corredores, o mercado pareceu-me muito revolucionado”.

UM FENÓMENO CHAMADO CONTADOR

Sobre Alberto Contador não há dúvidas, trata-se do chefe de fila e Bjarne Riis não admite outro cenário que não seja trabalhar para El Pistolero.

E se 2011 foi bom, com o espanhol a conquistar o Giro, no próximo ano Riis espera ainda mais: “Estou convencido de que vai andar muito forte, mais forte do que nunca, e pode melhorar em todos os terrenos porque é um fenómeno. Por exemplo: pode aumentar a força nas pernas e nas costas. Para o contra-relógio estamos a estudar algo. O Alberto tem um grande desejo de melhorar e por isso seguirá de perto o programa de preparação”.

Sem o poder económico de super-equipes como a Omega Pharma-QuickStep, a RadioShack-Nissan ou a Garmin-Cervélo, o homem forte da Saxo Bank reconhece que não ter “um grupo como a BMC, que pode fazer dois blocos de igual valor para o Giro e para o Tour, mas tenho vários corredores que podem obter resultados noutras provas”. Numa demonstração clara das intenções da Saxo, Riis remata a entrevista explicando que “concentraremos todos os nossos esforços no Tour”.