Conhecida é a filosofia de Riis testar as capacidades de sobrevivência dos atletas. Bruno Pires admira a metodologia do director da Saxo, que considera um “observador nato, que gosta de proporcionar aos atletas actividades diferentes e colocar o grupo em situações limite, não que isso não aconteça em competição, mas ele fá-lo em cenários em que depois observa o comportamento humano e aí consegue perceber que tipo de ciclista tem em mãos. São conhecidos os “survivors” que promovia na pré-temporada, em que havia marchas de um/dois dias. Esse tipo de teste permite-lhe observar certas características dos indivíduos, como por exemplo ver quem é que ajuda os companheiros, já que isso dá-lhe a noção do que pode contar em competição”.

A Saxo Bank versão 2012 tem quase 20 nacionalidades distintas, mas aos poucos começa a ganhar forma. Bruno Pires explica que “cada membro da equipe tem o seu carácter e muitos são novos no grupo. Ainda não dá para conhecer bem cada elemento porque o objectivo era falar um pouco com cada um, mas fiquei agradavelmente surpreendido com o Alberto Contador. Já o conhecia das corridas, onde está sempre muito compenetrado, mas agora tive a oportunidade de perceber que é uma pessoa acessível e que transmite alegria ao grupo”.

Veremos ao longo da temporada se Israel foi o ponto de partida para uma época de excepção, onde os portugueses Bruno Pires e Sérgio Paulinho prometem desempenhar um papel preponderante no auxílio a Alberto Contador, isto se o espanhol vier a ser ilibado pelo Tribunal Arbitral do Desporto.