A Volta à França será apresentada amanhã em Paris, uma apresentação que não terá a áurea de outros anos, face o vazamento via Internet, do percurso oficial da prova.

Seja como for, o glamour será, desta vez, a única réstia dos organizadores de uma prova que se inicia em 30 de Junho , na Bélgica, em pleno epicentro do ciclismo europeu, Liége, para terminar como é óbvio nos Champs Ellisées.

Fiel aos seus princípios, Christian Prudhomme inicia o Tour com um prólogo, seguindo-se uma etapa na país de acolhimento, com uma chegada algo complicada, como são todas as provas disputadas na Bélgica, para atingir Paris, via Alpes e depois os Pirinéus.

Com um lote de chegadas inéditas, o percurso até os Alpes fará alternância entre chegadas em pelotão compacto e chegadas para ciclistas potentes e fortes.

Face ao êxito da odisseia de Thomas Voeckler, em 2011, as etapas propícias a escapadas, disputadas em média montanha estarão em força no Tour: o primeiro terço da corrida fará a travessia dos Vosges e do Jura, antes do primeiro dia de repouso.

Um outro ponto a ter em conta pelos organizadores foi a alternância das chegadas em montanha com chegadas com descidas na parte final. Para espevitar os trepadores e , de alguma forma obrigar a um ciclismo de ataque e menos calculista, a ASO reintroduziu maior número de kms em C/RI, face às duas ultimas edições, em que houve apenas uma etapa desta especialidade.

Desta forma procuraram os organizadores um maior equilíbrio entre roladores e especialistas da alta montanha, o que de alguma forma poderá fazer as delicias de Cadel Evans ou mesmo de Alberto,” O Pistoleiro”, enquanto os manos Schlecks terão de aprimorar as suas performances, para discutir taco a taco o triunfo. Uns e outros terão nove meses para dar à luz uma vitória, que os leve à glória.

Teremos, pois, um prólogo e vinte etapas, em que se subirão 25 contagens do PM – onze pirenaicos e cinco alpinos entre outros. Quatro etapas são consideradas de alta montanha, com três chegadas em alto . Por outro lado, serão disputados 90 kms em C/RI, dos quais 52 serão disputados na penúltima etapa entre Bonneval e Chartres.