Mas, ao final de duas semanas de competições, o Brasil sai de Guadalajara com uma campanha que - se não repetiu a de quatro anos atrás - mostra uma clara evolução no quadro de medalhas.
Pela segunda vez consecutiva, os brasileiros terminaram a disputa geral na terceira colocação, atrás apenas de Estados Unidos e Cuba. Em 2003 e 1999, o país havia ficado em quarto, atrás também do Canadá; em 1995, fora sexto, superado até por México e Argentina.
Para se consolidar de fato como terceira força do Pan, o Brasil conquistou 141 medalhas, o segundo maior número da história. Foram 48 ouros, 35 pratas e 58 bronzes; no Rio, os números foram um pouco melhores: 52 ouros e 157 pódios no total. No domingo, a última medalha de ouro do país foi conquistada por Solonei Rocha da Silva.
O Pan de 2007, contudo, não serve como parâmetro. Antes do início dos Jogos de Guadalajara, o superintendente executivo de Esportes do COB, Marcus Vinícius Freire, disse ao ESPN.com.br que a meta era bater os números de Santo Domingo-2003, afirmando ainda que a o terceiro lugar não era dado como garantindo: ele citou México, Canadá e Colômbia como possíveis rivais na disputa.
Na prática, o desempenho brasileiro foi além. Mesmo com uma campanha histórica, os mexicanos não foram uma ameaça ao terceiro lugar em nenhum momento. Canadenses e colombianos ficaram ainda mais distantes. Como aconteceu no Rio, o Brasil esteve durante parte da competição no segundo lugar, mas acabou perdendo espaço para Cuba na reta final.
Feitos históricos - Além de uma campanha que, surpreendentemente, aproximou-se da alcançada em 2007, os atletas brasileiros chegaram a números importantes em Guadalajara. O nadador Thiago Pereira ganhou seis medalhas de ouro, chegando a 12 em Pans e tornando-se o maior campeão pan-americano do país.
Outro feito importante foi alcançado pela ginástica artística. A medalha de ouro da equipe masculina foi a milésima do Brasil na história dos Jogos Pan-Americanos. Foi em Guadalajara, também, que o Brasil passou o número de ouros da Argentina em Pans.
Os brasileiros começaram com 19 ouros a menos, mais a péssima campanha dos argentinos permitiu que, pela primeira vez na história do Pan, eles fossem ultrapassados na quantidade de medalhas douradas.
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