Segundo o documento - cujo ‘Le Monde’ publicou extratos e que está assinado por Armstrong e Johan Bruyneel, então diretor da equipe US Postal -, o texano garantiu não estar tomando qualquer medicamento e nem participando de algum tratamento. Posteriormente, quando o teste apontou o positivo para corticoide, o ciclista apresentou uma receita sem data de expedição que a UCI aceitou.
Na entrevista concedida à apresentadora Oprah Winfrey na semana passada, onde admitiu pela primeira vez ter feito uso de substâncias ilegais para melhor seu rendimento, Lance Armstrong cita que precisou entregar uma receita médica para esconder um resultado positivo, e o ‘Le Monde’ garante ser esse o caso.
No dia 20 de julho de 1999, o jornal francês publicou que o norte-americano tinha sido flagrado no exame antidoping, o que causou críticas duras da UCI, principalmente por parte de seu então presidente, o holandês Hein Verbruggen. No dia seguinte, a entidade máxima do ciclismo mundial lançou um comunicado apoiando Armstrong e mostrando a receita que lhe autorizava tomar corticoides. “A UCI protegeu o corredor aceitando um documento falsificado”, lembra o diário.
Pódio do Tour em 2005, o último em que Lance Armstrong fora o campeão
“Demos a ele a prova da mentira de Armstrong e, em vez de pressionar o ciclista ou seu entorno, a UCI preferiu gastar toda a energia em demonstrar a inocência do corredor”, disse Gilles Smadja.
Após um relatório de mais de mil páginas da Agência Antidoping dos Estados Unidos (Usada) acusá-lo de usar o sistema de dopagem “mais sofisticada” que o esporte já viu, Lance Armstrong teve todos os seus títulos cassados desde 1998, incluindo os sete no Tour de France.
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