- A única maneira de limpar isso é fazer todas essas pessoas verem que não estarão mais na Olimpíada. Como querem estar lá, farão de tudo para conquistar esse direito - afirmou Pound, frisando que a medida drástica pode ser a única escolha para o COI visto que a UCI não é conhecida por ações firmes contra o doping.
A declaração de Pound foi provocada pela revelação do conteúdo da entrevista que Armstrong concedeu à apresentadora Oprah Winfrey. Segundo ela, o ex-ciclista confessou o uso de substâncias proibidas no período mais fértil de resultados em sua carreira. A entrevista irá ao ar nos Estados Unidos nesta quinta-feira, na próppria rede de TV a apresentadora, o Oprah Winfrey Network. No Brasil, o canal de TV por assinatura Discovery Channel exibirá o bate-papo à meia-noite (de Brasília) de sexta-feira.
Convidada do programa "This Morning", da TV CBS, na terça-feira, Oprah disse ter ficado satisfeita com a entrevista e que fez uma longa preparação para o encontro com Armstrong. A apresentadora afirmou ter lido as decisões judiciais sobre o caso, livros sobre o ex-ciclista, assistido documentários e preparado 112 perguntas. Mesmo assim, ficou surpresa com a confissão.
- Em 2h30 de entrevista, fiz a maioria das perguntas. Ele respondeu as mais importantes, que o mundo queria ouvir - disse Oprah, que conversou com Armstrong no dia 14 de janeiro.
De acordo com a imprensa americana, o ex-ciclista topou a entrevista para assumir o uso de doping e, assim, tentar modificar sua pena para poder voltar a competir. Ele foi bandido do esporte e teve seus títulos cassados, incluindo os sete troféus da Volta da França, após intensa investigação da Agência Antidoping dos EUA (Usada).
Armstrong também estaria buscando o perdão dos fãs, além de limpar a imagem da Livestrong, fundação que ele criou para ajudar pessoas com câncer, doença na qual ele é um sobrevivente.
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