O imbróglio envolvendo o ciclista Lance Armstrong e a Agência Antidoping dos Estados Unidos (Usada, em inglês) não chegou ao fim com a desistência do atleta de se defender legalmente, anunciada no último mês.


Diretor de agência diz que recebeu ameaças após punição a Lance Armstrong (foto)
Nesta segunda-feira, o diretor da Usada, Travis Tygart, declarou que recebeu ameaças de morte depois que o ciclista foi punido com a cassação dos seus sete títulos da Volta da França.

"O caso Armstrong me rendeu ameaças de morte. Recebi três, de iniciativas individuais, acredito. O FBI está lidando com isso", declarou o diretor em entrevista ao jornal francês L'equipe.

Tygart afirmou também que o objetivo da agência é "proteger os atletas limpos" e que se Lance Armstrong tivesse colaborado com as investigações, não teria o seu heptacampeonato da principal competição mundial de ciclismo cassado.

"Eu amo esporte. Ele foi e continua sendo um herói para muitos. É um triste destino. Mas os fatos são os fatos. Eu lhe propus buscar uma solução, colaborar. Se tivesse aceitado, não teria perdido todos seus títulos da Volta da França porque levaríamos em conta sua boa vontade. No dia seguinte, ele nos atacou para questionar a constitucionalidade da nossa investigação", disse.

A decisão de suspender as conquistas do ciclista norte-americano foi tomada pela Usada, mas ainda não foi confirmada pela União de Ciclismo Internacional (UCI), a quem a agência deve enviar um dossiê até o final do mês de setembro, quando as investigações forem concluídas. Além de Armstrong, o diretor da equipe esportiva Radioshack-Nissan-Trek , o belga Johan Bruyneel, também está sendo investigado.