Vencendo a clássica da Holanda, eleição de milhares de apaixonados do ciclismo, o italiano conquistou o primeiro triunfo de grande prestígio para a sua equipe, a Astana que, até esta altura da época tinha passado despercebida.
Sexto italiano a vencer na Amstel, o primeiro depois de Cunego ( 2008), foi num cenário de cortar à faca, que o seu triunfo foi obtido.
Quando se esperava por Valverde, Rodrigues ou Samuel Sanchez , a armada espanhola de quem se esperavam mares e mundos, foi Oscar Freire, que perdeu o respeito ao pequeno grupo onde seguiam os favoritos, para tentar a sua sorte de forma insólita, a 5 kms do fim,, ele que é um dos mais reputados sprinters mundiais, e quase ia conseguindo, não fosse um ressuscitado Gilbert encetar a perseguição, isto é ,meio perseguição meio ataque, e Freire bem podia ter ganho.
O ataque de Freire tinha uma intenção primeira: preparar o caminho para Joaquin Rodrigues, numa chegada talhada para as suas características, mas de Purito nem vê-lo, o mesmo sucedendo com Valverde, foi um fiasco espanhol
Rodrigues avistou-se na parte final da prova, tentando perseguir o jovem ( 21 anos) Romain Bardet ( AG2R), um dos heróis da prova, encetando uma fuga neutralizada na entrada dos ultimos dez kms. Era, portanto um duo de grande valor, Freire e Rodrigues. Já na parte final, um outro duo deu nas vistas, endurecendo a corrida para abrir caminho ao regresso do número um de 2011: Greg Van Avermat e Gilbert tudo tentaram para uma chegada ,que pudesse proporcionar o regresso do campeão da Bélgica. Faltou a Gilbert, um pouco mais de serenidade e o apoio de um colega, nos últimos mil metros.
Foram emocionantes aqueles últimos mil metros: público, muito e entusiasta, uma queda Cunego foi ao tapete com outro ciclista da Sky, Freire na frente a cem metros da meta. Gilbert a querer ganhar, mas a acabar a gasolina , quando Peter Sagan o ultrapassa e dá a impressão de ir para a vitória. Mas o Cauberg é enganador, calmo sem ninguém dar por ele, Gasparotto vai na roda de Sagan e ultrapassa-o no momento certo. Jelle Vanendert foi segundo, mas alguém numa prova destes quer ser segundo ? Por isso mesmo, o ciclista da Lotto Belisol batia no guiador da bicicleta, como se esta tivesse culpa de tanta confusão, em apenas mil metros.
A Amstel tinha chegado ao fim, sem grandes pontos importantes a relatar, a não ser os emocionantes mil metros finais. Um outro pormenor, para tirar ilações foi a desistência a setenta kms da meta de Cadel Evans e… o regresso e Gilbert.
Quanto aos dois portugueses presentes na prova, que dizer do 19º lugar de Rui Costa, o melhor homem da Movistar: apenas excelente.
Bruno Pires esteve mais modesto, 84º a mais de 4 minutos do vencedor.
Amstel Gold Race (UCI World Tour)
1 Enrico GASPAROTTO ITA AST 6:32:35
2 Jelle VANENDERT BEL LTB +0
3 Peter SAGAN SVK LIQ +2
4 Oscar FREIRE ESP KAT +2
5 Thomas VOECKLER FRA EUC +2
6 Philippe GILBERT BEL BMC +2
7 Samuel SANCHEZ ESP EUS +2
8 Fabian WEGMANN GER GRM +4
9 Rinaldo NOCENTINI ITA ALM +4
10 Bauke MOLLEMA NED RAB +4
11 Maxim IGLINSKY KAZ AST +4
12 Frank SCHLECK LUX RNT +4
13 Elia FAVILLI ITA FAR +4
14 Dries DEVENYNS BEL OPQ +9
15 Ryder HESJEDAL CAN GRM +9
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