O ciclismo já não é o que era, permitindo a uma série de ciclistas ousarem vencer os “monumentos” da modalidade, o que dantes só era permitido aos grandes nomes. Num curto espaço de quase uma semana, a Astana passou do oito para o oitenta, sendo agora uma das formações com mais êxitos de prestígio. Custou, é certo, mas os homens ganharam-lhe gosto. E não se pensa que se ficaram pelo Iglinskiy, pois Gasparotto foi terceiro e ainda tiveram um terceiro homem para o que desse e viesse.
A alegria dos kazaques reflete-se na tristeza de Niballi.
Durante seis horas e meio, os ciclistas galgaram 279 kms, lutaram contra o vento, num percurso onde uma recta plana era coisa rara e difícil de encontrar.
Mas mais raro, ainda, era ver um metro sem um apoiante de Gilbert que bem tentou estar dentro da corrida, mas nestas coisas do ciclismo moderno ou se estão “on”, ou então não vale a pena.
Foram longos os kms, as dificuldades o que limitou e condicionou a vida a muitos ciclistas. Que dizer do “ empeno” de Niballi com a vitória nos pés , quando a um km da meta já não podia com as pernas, não conseguindo acompanhar o futuro vencedor.
Mas, que dizer também do quase total descalabro espanhol, nas clássicas. Não fosse Purito inspirado na Fléche Wallone e teriam passado completamente em branco. Então Valverde nem vê-lo, em quase todas as clássicas que disputaram os dois, Valverde e Rui Costa , o português foi sempre melhor e, na maioria dos casos o melhor da Movistar.
Na verdade, mais uma vez o ciclista da Póvoa de Varzim foi o melhor da Movistar ( 17º), o que o define como um potencial candidato a um triunfo em qualquer competição de um dia, com excepção das clássicas do norte de França e Bélgica, Flandres e Roubaix, fora disso é candidato a tudo.
Bruno POires foi o outro português que terminou, mais modesto 92ª posição, para muitos uma classificação secundária, para nós um lugar de grande notoriedade.
A época primaveril das clássicas chegou ao fim. Tom Boonen foi o herói e a Astana a heroína, venham agora as provas por etapas.
2. NIBALI Vincenzo LIQUIGAS-CANNONDALE + 00′ 21″
3. GASPAROTTO Enrico ASTANA PRO TEAM + 00′ 36″
4. VOECKLER Thomas TEAM EUROPCAR + 00′ 36″
5. MARTIN Daniel GARMIN – BARRACUDA + 00′ 36″
6. MOLLEMA Bauke RABOBANK CYCLING TEAM + 00′ 36″
7. SANCHEZ Samuel EUSKALTEL – EUSKADI + 00′ 36″
8. SCARPONI Michele LAMPRE – ISD + 00′ 36″
9. HESJEDAL Ryder GARMIN – BARRACUDA + 00′ 36″
10. VANENDERT Jelle LOTTO-BELISOL TEAM + 00′ 36″
11. NOCENTINI Rinaldo AG2R LA MONDIALE + 00′ 36″
12. ROLLAND Pierre TEAM EUROPCAR + 00′ 36″
13. MORENO FERNANDEZ Daniel KATUSHA TEAM + 00′ 36″
14. KISERLOVSKI Robert ASTANA PRO TEAM + 00′ 36″
15. RODRIGUEZ OLIVER Joaquin KATUSHA TEAM + 01′ 00″
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