Estamos em Janeiro, mês em que há meia dúzia de anos, os ciclistas ainda não pensavam em correr. E se recuarmos ainda mais meia dúzia de anos, era altura para muitos andarem de esqui, na neve, método elegante e versátil, com que muitos dos ciclistas se preparavam no período de inverno.

É verdade, Contador venceu no Alto del Potrero. Não, não é uma pequena subida, antes pelo contrário, muitas das míticas escaladas européias perderiam de longe para esta subida clássica do Tour de S. Luis.

O importante a realçar, não será o triunfo de Contador, mas sim o momento da temporada em que o triunfo é obtido, o que faz com que a sua popularidade aumente consideravelmente, principalmente para quem entender um pouco desta modalidade.

Se olharmos para o quadro de honra da etapa :

1. Alberto Contador
2. Levi Leipheimer
3. Miguel Ángel Rubiano
4. Stefan Schumacher
5. Dani Díaz
6. Cayetano Sarmiento
7. Vincenzo Nibali
8. José Serpa
9. Luis Mansilla
10. Giovannio Visconti

Verificamos que há um ou outro nome desconhecido, mas estão lá nomes importantes do ciclismo mundial. Um deles chamou-nos particularmente a atenção : Stefan Schumacher, um dos homens banidos, perseguidos e mal quistos por uma UCI poderosa, que ameaça quem o contrate. Não no quadro de honra, mas em S. Luis, também está lá Michael Rasmussen. Dois homens proibidos de brilhar, porque no ciclismo atual, só brilha quem está no World Tour, aquele que dá dinheiro para que tudo funcione a contento de quem manda.

Mas voltemos a S. Luis, onde Contador deu show, vencendo num mano a mano com Leipheimer, e com os segundos a marcarem pequenas diferenças entre os melhores classificados, o que irá dar outro atrativo adicional ao C/RI de 19,5 kms. Sabia-se que a etapa de hoje iria alterar a classificação, mas nunca se pensaria que Contador se fizesse ao primeiro lugar de uma forma tão categórica e surpreendente.

Brasileiros

Magno Prado Nazaret, da equipe de Pindamonhangaba, foi o melhor brasileiro na etapa, terminando na 22ª posição, 59 segundos atrás do campeão da etapa.

Etapa 3:
1. Alberto Contador (Saxo Bank) 4:29:27
2. Levi Leipheimer (Omega Pharma-Quick Step) m.t.
3. Miguel Ángel Rubiano (Androni) a 5
4. Stefan Schumacher (Christina Watches) a 9
5. Dani Díaz (San Luis Somos Todos) a 12
6. Cayetano Sarmiento (Liquigas) a 26
7. Vincenzo Nibali (Liquigas) m.t.
8. José Serpa (Androni) m.t.
9. Luis Mansilla (Chile) m.t.
10. Giovanni Visconti (Movistar Team) a 35
11. David Arroyo (Movistar Team) m.t.
12. Sylvain Chavanel (Omega Pharma-Quick Step) m.t.
13. Jonathan Clarke (UnitedHealthcare) m.t.
14. Didier Chaparro (Comcel) m.t.
15. Josué Moyano (Caja Rural) m.t.

Geral:
1. Alberto Contador 12:45:15
2. Levi Leipheimer (Omega Pharma-Lotto) a 4
3. Stefan Schumacher (Christina Watches) a 19
4. Dani Díaz (San Luis Somos Todos) a 22
5. Vincenzo Nibali (Liquigas) a 36
6. José Serpa (Androni) m.t.
7. Cayetano Sarmiento (Liquigas) m.t.
8. Luis Mansilla (Chile) a 45
9. David Arroyo (Movistar Team) m.t.
10. Sylvain Chavanel (Omega Pharma-Quick Step) m.t.
11. Andrey Amador (Movistar Team) a 1:06
12. Magno Nazaret (Funvic) a 1:09
13. Félix Cárdenas (Colombia) a 1:28
14. Rinaldo Nocentini (AG2R) a 1:53
15. Jaime Suaza (Colombia) m.t.

GERAL META SPRINT
1) Edwin Avila 8 puntos
2) Emmanuel Guevara 8 puntos
3) Maximiliano Badde 5 puntos

GERAL META MONTANHA
1) Miguel Angel Rubiano 14 puntos
2) Renato Dos Santos 11 puntos
3) Alberto Contador 10 puntos