Mark Cavendish e Mario Cipollini, dois nomes grandes do sprint mundial. Infelizmente, por razões cronológicas, nunca os fãs puderem ver um frente-a-frente entre o inglês e o italiano no máximo das suas capacidades.
Ainda assim, Cipollini está rendido ao talento do Cannonball: “Ele é um dos melhores, mesmo que eu esteja convencido de que por vezes desperdiça talento. Diria que ele está entre os melhores de sempre como o Van Steenbergen e o Van Looy. Espero que também vocês me possam colocar a esse nível”.
Numa entrevista à Gazzetta dello Sport, o “Rei Leão” foi convidado a imaginar um sprint na Milão-San Remo contra Cavendish. Cipollini recorda que “só a venci aos 35 anos, ele fê-lo mais cedo, mas não me sinto inferior e não partiria já derrotado”.
TOUR: “O PROBLEMA DO ANDY? É O FRANK... E VICE-VERSA”
Sempre atento à actualidade do ciclismo, que comenta em forma de crónica na Gazzetta dello Sport, Super Mario tira o chapéu a Philippe Gilbert: “Se ele ganhar tanto como fez em 2011 e com a mesma qualidade, é o novo Eddy Merckx. Penso que ele se vai confirmar no mais alto nível. E eu gosto do Philippe porque corre de uma forma espectacular e empolga as pessoas”.
E porque é no Giro que mais se sente a veemência de Mario Cipollini e das suas crónicas sem papas na língua, o italiano não deixou de analisar a vitória de Alberto Contador.
Para o antigo sprinter o espanhol esteve forte, mas os adversários falharam rotundamente: “No Giro vimos o Alberto mais forte em termos de pernas, mas tacticamente não foi muito inteligente. Ele puxou demasiado no Etna e geriu mal o esforço na etapa de Gardeccia”.
Entre os que não estiveram bem as maiores críticas vão para Michele Scarponi. Explica Cipollini que “Scarponi está demasiado convencido de que é um fenómeno. No Etna, se tivesse aproveitado o trabalho dos colegas de equipa em vez de tentar seguir Contador e ficar privado de oxigénio, talvez as coisas tivessem sido diferentes”.
No Giro deu Contador, mas o Tour pertenceu a Cadel Evans, naquela que se prevê uma batalha com “vendetta” anunciada para 2012. Já sobre as possibilidades de Andy Schleck, Cipollini está convencido de que o luxemburguês tem um problema táctico para resolver: “O problema dele é o Frank e vice-versa. A forma como eles correram a Volta à Suíça é um exemplo disso. São incompreensíveis. Anulam-se um ao outro à vez. Gostava de o ver mais decisivo, mas em vez disso ele ataca e depois de quatro pedaladas olha para trás. Dá a impressão de ser um ciclista controlado pelo rádio”.
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