Quem usa a bicicleta para atividades de lazer ou transporte, na locomoção entre a casa e o trabalho, terá à disposição, ainda no primeiro semestre deste ano, de bicicletários com quiosques que oferecerão produtos voltados para o mundo dos ciclistas, desde alimentos até acessórios.
Os bicicletários acoplados a módulos comerciais serão instalados em pontos estratégicos ao longo do rio Sorocaba, cujas margens são servidas por ciclovias, em mais quatro pontos de grande movimentação e outros três locais que ainda serão definidos. O anúncio foi feito pelo prefeito Vitor Lippi (PSDB).
Os módulos têm designer atrativo e são inspirados no conceito de quiosques de praia e no clima dos cafés e bulevares. O diferencial é que agregarão as bicicletas. Com eles, Lippi quer intensificar a integração dos sorocabanos com o rio Sorocaba e com a prática das pedaladas.
Os bicicletários com quiosques de 28 metros quadrados serão instalados no Parque das Águas, na praça localizada no final da rua Artur Bernardes, no começo da avenida São Paulo próximo à ponte Francisco Dellosso e na vizinhança do estacionamento existente ao lado do Poupatempo.
Outros quatro módulos com bicicletários e pontos comerciais (estes de 20 metros quadrados) serão instalados nas regiões do Mercado Municipal e da praça Carlos de Campos, na praça Ferreira Braga (Largo do Rosário) e na Área de Transferência do Ipiranga. Mais três bicicletários, sem módulos de quiosques, serão oferecidos para o comércio já existente em regiões ainda a serem definidas pela Prefeitura.
Os módulos maiores terão capacidade para abrigar 60 bicicletas cada, e os menores, 40 bicicletas. A empresa Coesa, especializada em mobiliário urbano, venceu a licitação para a construção dos equipamentos. As obras já foram pré-demarcadas e terão início nas próximas semanas, segundo informaram o assessor técnico da Urbes, José Carlos de Almeida e o diretor de Transportes da empresa pública, Celso Bersi. Almeida deixou claro que o plano dos quiosques está enquadrado dentro das questões ambientais e nos níveis fora das áreas sujeitas a alagamentos pelo rio em épocas de fortes chuvas. O prazo para a conclusão das obras é de 90 dias, em abril.
Paralelamente, a Urbes prepara o edital que detalhará o processo de permissão para comerciantes explorarem os módulos. As atividades comerciais permitidas constarão do edital e deverão ser voltadas para os interesses de quem anda de bicicleta, desde alimentos até bonés, capacetes, livrarias específicas, tênis e acessórios em geral. Embora sem apresentar a definição exata de valores do investimento, Lippi acredita que eles devem ficar entre R$ 1.5 mil e R$ 2 mil o metro quadrado, tomando-se por base a construção civil convencional.
Espaços de convivência
"A ideia é oferecer esses quiosques para as pessoas que queiram tomar um suco, eventualmente tomar um sorvete, e aproveitar as margens do rio", disse Lippi. Como ao longo do rio os locais já são bem arborizados, ele calcula que os módulos representarão novos espaços de convivência das pessoas e na relação delas com o rio. "Essa é uma estrutura que melhora os equipamentos públicos e de serviços junto ao rio Sorocaba. Esperamos que as pessoas que estão de bicicleta, que estão correndo, possam parar e ter mais uma opção de lazer e de descanso num ambiente interessante, voltado para o meio ambiente."
Sobre os bicicletários unidos aos módulos comerciais, o prefeito comentou: "Uma das coisas importantes é ter um espaço para guardar com segurança sua bicicleta. Um estacionamento de bicicleta gratuito e com toda segurança. É uma humanização do rio." Os comerciantes terão como contrapartida tomar conta das bicicletas. Segundo ele, os módulos localizados nos demais pontos complementam o programa cicloviário da cidade.
Lippi disse que o plano municipal de ciclovias é pioneiro e repensa a cidade no olhar de quem já usa a bicicleta ou poderá utilizá-la para chegar seu seu destino. "Estamos fazendo uma série de investimentos que tem por objetivo preparar a cidade para essa mobilidade sustentável, que evita o trânsito, que não polui e melhora a saúde das pessoas", descreveu. A cidade trem 80 quilômetros de ciclovias e o prefeito trabalha com a projeção de atingir 100 quilômetros nos próximos quatro ou cinco meses: "Há um compromisso de priorizar as ciclovias como estratégia de mobilidade urbana, de sustentabilidade e de saúde e qualidade de vida para as pessoas."
Segundo a Urbes, a média de utilização das ciclovias é de 90 a 120 ciclistas por hora naquelas mais utilizadas, que ficam nas avenidas Dom Aguirre, Itavuvu, Paes de Linhares, Camilo Júlio, General Osório e Santa Cruz.
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul
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