(Foto: Sérgio Shibuya / DIvulgação)
Bicampeões da Copa da República de Ciclismo, Nilceu Aparecido e Francisco Chamorro conhecem como poucos o percurso da prova na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF). Sonhando com o tri neste domingo, eles revelaram os detalhes que podem levar à vitória do evento, que irá reunir os principais nomes da modalidade e será transmitido pela TV Globo dentro do Esporte Espetacular.
Estratégia é a palavra que resume a prova para os dois ciclistas. Segundo o argentino Chamorro, da equipe de São José dos Campos (SP), o percurso basicamente explora a velocidade dos atletas e é decidido na reta de chegada.
- É uma prova curta, praticamente para um velocista, que, normalmente, será decidida no sprint final. Não tem subida ou algum terreno que dificulte o percurso. Tem curva, contrafuga, tem que arrancar, parar, arrancar de novo... É uma prova de explosão. Diferente de um circuito com subida, que seria uma prova mais de resistência - explicou o ciclista, que competiu em quatro edições e venceu a primeira corrida de 2007 e em 2010, ambas em Brasília (DF).
Nilceu, da equipe de Pindamonhangaba (SP), campeão da segunda prova de 2007, em Belo Horizonte (MG), e na de 2009, em Brasília (DF), alerta para os riscos existentes no trajeto e a necessidade de se fazer uma corrida inteligente.
- É uma prova bem estratégica, com uma preparação muito específica. Qualquer erro pode comprometer a competição. Na estrada não requer tanta técnica, é mais fácil ir pelas beiradas. Já no circuito é mais retomada de curva, tem que ficar sempre na ponta do pelotão, estar bem condicionado e esperto, principalmente nas últimas três voltas. Se estiver no meio do pelotão, corre o risco de queda. É uma corrida nervosa, bem tensa - relatou.
Argentino Chamorro venceu duas vezes a prova nas ruas de Brasília (Foto: Renato Cury / Globoesporte.com)
Competindo desde 2004 na prova, Nilceu conta que a tática a ser utilizada na disputa é definida um dia antes do evento, mas, geralmente, as estratégias são parecidas.
- Um dia antes da prova, o técnico faz uma reunião. Acredito que a maioria das equipes tenta levar para o sprint. São José dos Campos, Sorocaba, Americana... Cada uma tem seu velocista. É difícil sair uma fuga. Quando a prova é mais rápida, você não mina as forças.
A equipe acaba sendo fundamental para se chegar à vitória. De acordo com Chamorro, os outros ciclistas do time são responsáveis por fazer a cobertura do velocista e evitar a fuga dos adversários.
- Se um vence, a equipe vence. Tenho meus companheiros para ajudar, neutralizar a fuga das outras equipes para ficar igual e chegar ao sprint. Se eu falar durante a prova que não estou bem, eles vão procurar outra alternativa para ganhar.
É uma prova bem estratégica, com uma preparação muito específica. Qualquer erro pode comprometer a competição. É uma corrida nervosa, bem tensa" (Nilceu Aparecido, ciclista)
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